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Consumo de chocolate na Páscoa

A Páscoa está chegando e muitos pais e cuidadores ficam preocupados com o consumo de chocolate pelas crianças. Antes de tudo, é importante frisar que tudo bem a criança consumir o chocolatinho dela esporadicamente, é parte da alimentação equilibrada que tanto se fala. Apesar de o consumo de ultraprocessados ser desencorajado, é natural que a criança ganhe bombons, ovos de chocolate industrializados e queira consumi-los. É muito comum as crianças preferirem ganhar ovos de personagens, que venham com brindes atrativos, afinal de contas a indústria sabe bem (e estuda bastante) sobre como chamar a atenção de seus consumidores.


Imagem: Freepik


O que não deve acontecer é a criança (e nem o adulto) comer tudo de uma vez ou em poucos dias, o congelamento por exemplo pode ser utilizado como aliado, o chocolate pode ser congelado em porções e ser dado para a criança de vez em quando, distribuído em uma alimentação balanceada. Até porque esses chocolates “de criança”, em geral, não possuem os melhores ingredientes.

É possível também fazer melhores escolhas (e isso também é válido para adolescentes, adultos e idosos). Os chocolates de maior qualidade de ingredientes são os que têm uma porcentagem de cacau maior e apenas cacau (em suas variações: massa de cacau, manteiga de cacau) e açúcar na sua lista de ingredientes. O cacau vir primeiro na lista significa que está em maior quantidade que o açúcar, já que na lista de ingredientes os alimentos vêm em ordem da maior para a menor quantidade.

É uma possibilidade comprar barras desses chocolates melhores e fazer ovos a partir deles, ou então, se encontrar os ovos já prontos dessas marcas (sem adoçantes, atenção a lista de ingredientes!) comprar e colocar o brinquedo dentro para a criança ter o lúdico em uma opção mais saudável. Mas nada de terrorismo, se a criança ganhou o ovo de personagem, ou se não é possível encaixar essas opções na sua rotina, a Páscoa acontece somente uma vez por ano e certamente não será esse chocolate, dado em porções razoáveis, a acabar com a saúde dela.


Imagem: Freepik


A lancheira escolar da semana da Páscoa também pode ser temática, utilize cortadores com formatos do tema, saquinhos com desenhos, canetas que possuem tinta comestível nas cascas de frutas que serão descartadas para desenhar orelhinhas de coelho (casca da banana, por exemplo). Seu filho pediu para levar um chocolate na lancheira? Aí é que entram os combinados. Deixe claro que isso não será parte da rotina diária, mas tudo bem enviar aquelas barrinhas de 2, 3 quadradinhos, por exemplo, no último dia de aula antes do feriado. Se for permitido pela escola e pelos pais dos coleguinhas de classe, ele(a) pode levar um chocolatinho e dividir com os amigos, fazer um amigo oculto- uma ótima opção, assim cada criança sai com um presentinho apenas e todas ficam felizes (se a escola não permite, existem diversas outras opções- canetas e materiais de papelaria temáticos, brinquedinhos).


Imagem: Freepik

Para bebês de até 2 anos, a orientação é diferente. Tendo em vista que o açúcar na alimentação desses bebês deve ser zero, os pais e cuidadores podem explorar alternativas. Receitinhas sem açúcares (nem adoçantes!) podem ser exploradas se for da vontade da família que a criança seja inserida nesse momento dessa maneira. Ofereça bolinhos de cenoura, por exemplo, adoçado com uvas passas, cortados em formatos divertidos, ou “docinhos” de frutas como banana ou abacaxi com coco, enrolados em coco ralado (somente coco na lista de ingredientes). Também é possível comprar ovinhos coloridos de plástico e fazer uma caça aos ovos (seguindo as pegadas do coelho) que tenham brinquedinhos dentro, utilizar o lúdico do coelho de Páscoa e dar pelúcias de coelhinho para a criança. Colorir desenhos do tema (coelhinhos, cenouras, ovinhos). Há países em que há a tradição de pintar cascas dos ovos de galinha. As tradições de cada família variam, mas é possível adaptá-las para as crianças da melhor maneira!


REFERÊNCIAS:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção à Saúde. Guia alimentar para a população brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: < https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/publicacoes-para-promocao-a-saude/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf/@@download/file >. Acesso em: 21 mar 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção à Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: < http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_da_crianca_2019.pdf >. Acesso em: 21 mar 2024.

GREGÓRIO, Maria João et al. Guia para lanches escolares saudáveis. 2021.

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